O secretário de Comércio dos Estados Unidos, Wilbur Ross, confirmou nesta sexta-feira (9) que o país vai aumentar a tarifa sobre chapa de alumínio vinda do Brasil e de outros 17 países.
O secretário acusou o governo brasileiro de prática de dumping, que é a venda de produtos com preços menores do que o de custo para que sejam eliminados os concorrentes.
“Este é o maior e mais abrangente caso que nosso departamento trouxe em mais de 20 anos”, falou Ross sobre o tamanho da ação de fiscalização do comércio.
A tarifa praticada em produtos brasileiros vai aumentar de 48,33% para 135,63%, um acréscimo de 87,3%.
De acordo com o Departamento de Comércio dos EUA, o país importou US$ 97 milhões em chapas de alumínio brasileiro em 2019, do total de US$ 1,96 bilhão importados dos 18 países afetados pela medida desta sexta.
Além do Brasil, também foram afetados Bahrein, Croácia, Egito, Alemanha, Grécia, Índia, Indonésia, Itália, Omã, Romênia, Sérvia, Eslovênia, África do Sul, Coreia do Sul, Espanha, Taiwan e Turquia.
Os países poderão se defender na justiça norte-americana, que posteriormente decidirá pela manutenção do aumento ou não.
A polêmica do alumínio
O aumento nas tarifas dos EUA sobre importações de aço e alumínio vindas do Brasil já havia acontecido no final de 2019.
Na ocasião, o presidente dos Estados Unidos falou que:
“Brasil e a Argentina têm promovido uma forte desvalorização de suas moedas, o que não é bom para nossos agricultores. Então irei, imediatamente, retomar as tarifas sobre todo aço e alumínio embarcado para os EUA a partir desses países”.