Mais de dez pessoas morreram e dezenas ficaram feridas em um ataque israelense nesta quinta-feira (1º) a um abrigo para refugiados instalado em uma escola na Cidade de Gaza, segundo o porta-voz da Defesa Civil na Faixa de Gaza, Mahmoud Basal.
“Hoje (quinta-feira) houve um novo massacre nas mãos das forças de segurança israelenses. Uma escola no bairro de Shajaiya, onde morava um grande número de famílias, foi atacada há pouco (…) Até o momento os corpos dos dez pessoas foram levados ao hospital”, disse Basal, acrescentando que dezenas de pessoas e os corpos dos mortos ainda permanecem sob escombros.
As Forças de Defesa de Israel (FDI) informaram que informações indicaram que o movimento palestino Hamas estava usando um complexo na escola para planejar ataques contra Israel.
“Com base nas informações do IDF e da ISA [Agência de Segurança de Israel], a IAF [Força Aérea de Israel] atingiu terroristas que operavam dentro de um complexo na Escola Dalal na área de Shejaiya, na Cidade de Gaza. O complexo era utilizado pelo Hamas como um esconderijo para comandantes e operativos e para planejar ataques terroristas contra o Estado de Israel,” disseram as FDI, no Telegram.
Os bombardeios ocorreram um dia após o assassinato do do chefe do gabinete político do movimento palestino, Ismail Haniya, em um ataque israelense a uma residência onde estava hospedado na capital iraniana, Teerã.
No último sábado(27), pelo menos 30 palestinos foram mortos em um ataque israelense a uma escola que abrigava pessoas deslocadas na Faixa de Gaza, segundo autoridades de saúde palestinas.
Mais de 39 mil palestinos foram mortos por ataques israelenses no enclave desde o início da guerra, no fim do ano passado. Do lado israelense, 1,2 mil pessoas foram mortas e cerca de 250 foram feitas reféns no ataque do Hamas em 7 de outubro.
A Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados da Palestina no Próximo Oriente (UNRWA, na sigla em inglês) divulgou na última sexta-feira (26) que o número de funcionários da instituição mortos na região chegou a quase 200.
Mesmo com o conflito intenso e a destruição de praticamente todo o território de Gaza pelos bombardeios israelenses, a agência informou que cerca de 1,1 mil funcionários seguem trabalhando na região. As negociações para um cessar-fogo na região seguem conturbadas. Conforme publicação da agência Reuters na última quinta (25), Israel tentou fazer novas alterações no plano de cessar-fogo e complicou as negociações para um acordo final.