Segundo a mídia norte-americana, a divisão interna do gabinete do primeiro-ministro de Israel e a sua vontade indomável de atingir certos objetivos pode levar a que ofereça “termos vagos” sobre o futuro de Gaza.
A Agência Central de Inteligência (CIA, na sigla em inglês) dos EUA estima que o primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu não acatará as sugestões de Washington de elaborar um plano pós-guerra para a Faixa de Gaza assim que a ofensiva militar de Israel terminar, segundo matéria de sexta-feira (7) da emissora norte-americana CNN.
“Netanyahu ‘provavelmente acredita que pode manter o apoio de seus chefes de segurança e evitar deserções’ da ala direita de sua coalizão falando sobre o futuro de Gaza em ‘termos vagos'”, disse o relatório de segunda-feira (3).
Além disso, o texto visto pela CNN nota o que Netanyahu disse publicamente: que ele só se envolverá seriamente em questões pós-guerra depois de cumprir “o que ele considera referências-chave de segurança, o que pode levar meses”. Essas prioridades incluem a conclusão de “operações militares importantes” e a eliminação de Mohammed Deif, comandante militar do Hamas.
Deif é o comandante das Brigadas Al-Qassam. Como comandante sênior da ala militar do Hamas, acredita-se que tenha estado profundamente envolvido no planejamento dos ataques de 7 de outubro de 2023 em Israel.
O relatório da CIA destaca que não há consenso em Israel sobre o plano pós-guerra para Gaza, indicando as visões divergentes de cada ministro do gabinete sobre governança, segurança e reconstrução pós-guerra.
Netanyahu, por exemplo, aparece ao lado de uma nota que diz que ele “prefere uma coalizão de Estados árabes moderados para administrar o território com a posterior participação” de outros líderes, enquanto outros líderes israelenses aparecem com opiniões sobre a governança futura diametralmente opostas àquelas atribuídas a Netanyahu.