Em um movimento contrário ao da administração vigente, o ex-presidente Donald Trump reiterou a abertura para que montadoras chinesas produzam carros nos Estados Unidos como uma forma de impulsionar a economia.
A indicação do republicano sinaliza uma abordagem potencialmente diferente da efetuada pelo governo de Joe Biden que tentou impedir a entrada de veículos com ligações ao país.
“Agora mesmo, enquanto falamos, grandes fábricas estão sendo construídas do outro lado da fronteira no México pela China para fazer carros para vender nos EUA. Essas fábricas serão construídas nos Estados Unidos e nosso povo vai operar essas fábricas”, disse Trump em um discurso na Convenção Nacional Republicana em Milwaukee na quinta-feira (18).
No entanto, Trump acrescentou que, de outra forma, aplicaria tarifas de até 200% em cada carro para impedi-los de entrar no país.
Os comentários são semelhantes às observações que ele fez em março em um comício em Ohio, dando boas-vindas às empresas automobilísticas chinesas para construir fábricas nos EUA, sem nomear nenhuma empresa, relembra a Bloomberg.
A maior fabricante de veículos elétricos da China, a BYD, está procurando montar uma das maiores fábricas de automóveis do México.
Tanto Trump quanto Biden buscam impedir que carros feitos na China entrem nos EUA para proteger fabricantes nacionais. Mas o candidato republicano parece adotar uma abordagem mais transacional quando se trata de empresas chinesas construindo carros em território norte-americano, ressalta a mídia.
Em contraste, Joe Biden examinou amplamente veículos com ligações à China, incluindo potencialmente aqueles feitos fora do país. Ao mesmo tempo, tentou excluir empresas com pelo menos 25% de propriedade de uma entidade governamental chinesa de se beneficiarem de créditos fiscais.
O presidente também lançou, em fevereiro, uma investigação sobre carros com software feito na China que poderiam comprometer os dados e a segurança de cidadãos dos EUA, conforme noticiado.