Após Benny Gantz, ministro da Defesa israelense, ter dito que estaria preparado para aceitar um cenário no qual os EUA conseguissem negociar um novo acordo nuclear com o Irã, o líder da oposição e ex-premiê de Israel, Benjamin Netanyahu, acusou o novo governo de ser um “enorme desastre” para a segurança nacional.
O primeiro-ministro de Israel, Naftali Bennett, garantiu ao presidente dos EUA, Joe Biden, no mês passado, durante sua visita à Casa Branca, que não faria campanha pública contra os esforços de Washington para persuadir Teerã a retornar ao acordo de 2015.
“[O primeiro-ministro Naftali] Bennett, [o ministro das Relações Exteriores Yair] Lapid e Gantz estão se precipitando para um perigoso acordo nuclear que permitirá ao Irã desenvolver um arsenal nuclear […] Este é um erro perigoso. Ele [Bennett] não deve ser autorizado a assumir tal compromisso porque o Irã é uma ameaça existencial, e uma ameaça existencial deve ser combatida de todas as maneiras”, exaltou Netanyahu, citado pelo The Times of Israel.
Contudo, posteriormente, um porta-voz do governo esclareceu que Gantz não apoia o retorno norte-americano ao Plano de Ação Conjunto (JCPOA, na sigla em inglês), mas afirma que Israel aceitaria qualquer outro acordo nuclear mais duradouro, mais amplo e mais forte.